O bombardeio a um hospital na Faixa de Gaza deixou cerca de 500 pessoas mortas, segundo o Ministério da Saúde local
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou, nesta quarta-feira (18), o ataque ao Hospital Baptista Al-Ahli, na cidade de Gaza, como uma “tragédia injustificável”. Em recuperação após a realização de duas cirurgias – uma no quadril e outra nas pálpebras no final de setembro -, o petista acompanha a situação do Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
“O ataque ao Hospital Baptista Al-Ahli é uma tragédia injustificável. Guerras não fazem nenhum sentido. Vidas perdidas para sempre. Hospitais, casas, escolas, construídas com tanto sacrifício destruídas em instantes. Refaço este apelo. Os inocentes não podem pagar pela insanidade da guerra”, escreveu em seu perfil no X, antigo Twitter.
Na última terça-feira (17), o bombardeio a um hospital na Faixa de Gaza deixou cerca de 500 pessoas mortas, segundo o Ministério da Saúde local. Esse ataque tem sido considerado como o “mais mortal” que ocorreu na região desde o início do conflito, no último dia 7, entre Israel e o grupo extremista Hamas. A autoria desse bombardeio ainda é desconhecida.
Em meio aos conflitos, a atenção do governo brasileiro se concentra em repatriar brasileiros que estão na região. Até agora, 916 cidadãos e 24 pets voltaram ao Brasil por meio da operação “Voltando em Paz” da Força Aérea Brasileira (FAB). A previsão é a de que, na tarde desta quarta-feira, o número chegue a 1.100 com o pouso de mais uma aeronave vinda de Tel Aviv, em Israel.
Outro ponto importante para o Ministério de Relações Exteriores é a votação de uma proposta do Executivo no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A votação tem sido postergada desde a última segunda-feira (16). O Brasil está na presidência do grupo até dezembro e tenta aprovar o texto.
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A proposta do governo de Lula cita, entre outros pontos, “os ataques terroristas atrozes do Hamas que ocorreram em Israel a partir de 7 de outubro de 2023 e a tomada de reféns civis”. Além disso, “incentiva o estabelecimento de corredores humanitários e outras iniciativas para a entrega de ajuda humanitária a civis”.