A adoção de inteligência artificial na engenharia de dutos vem transformando o panorama internacional do setor. Segundo Paulo Roberto Gomes Fernandes, entre as iniciativas brasileiras que ganharam relevância global está a decisão da Liderroll de incorporar IA em todos os seus sistemas patenteados, movimento que, embora divulgado originalmente em 2024, mantém plena atualidade diante da evolução tecnológica e das novas exigências da indústria. À época, o engenheiro Paulo Roberto Gomes Fernandes, fundador da Liderroll, destacou que a integração dos recursos de IA ampliaria a velocidade e a precisão dos projetos, especialmente nos trabalhos executados no exterior.
A empresa já contava com diversas patentes reconhecidas nos Estados Unidos, Canadá e Europa, e passou a aplicar inteligência artificial desde a fase de recebimento dos tubos até o bobinamento final para embarcações lançadoras. A inovação reforçou a posição da companhia como referência em automação para construção de oleodutos, gasodutos e estruturas especiais.
Tecnologia de IA nas patentes da Liderroll
A patente destacada no período descreve um sistema automatizado para lançamento de tubos rígidos, com supervisão integral por IA. O processo inclui:
- Organização inteligente do estoque pulmão
- Alinhamento automático na Fire Line
- Movimentação de stalks de até 3 km
- Empilhamento, interligação e preparação para bobinamento
- Redução de mão de obra em áreas de risco
- Monitoramento constante da integridade estrutural
Na análise de Paulo Roberto Gomes Fernandes, o objetivo sempre foi elevar o padrão técnico da indústria e reduzir desperdícios operacionais. Ele defendia que a IA permitiria maior previsibilidade, segurança e eficiência, características essenciais em obras de grande porte.
Desafios do setor e a visão de Paulo Roberto Gomes Fernandes sobre modernização regulatória
Durante o período, o setor de óleo e gás enfrentou instabilidades econômicas e políticas no Brasil. Mesmo assim, Paulo Roberto Gomes Fernandes ressaltava que a modernização regulatória era indispensável para elevar a competitividade nacional. Entre os pontos defendidos por ele:
- Inclusão de normas específicas para construção de dutos aparentes, inexistentes até hoje em órgãos como ANP, IBP e CENPES
- Reconhecimento formal de novos métodos construtivos
- Acompanhamento regulatório da inteligência artificial aplicada à engenharia
- Redução de custos ambientais e operacionais associados ao modelo tradicional de dutos enterrados

Para o engenheiro, a ausência de padronização para dutos aparentes limita soluções mais rápidas, econômicas e sustentáveis, muitas delas já aplicadas pela empresa em outros países.
Aplicações internacionais e validação técnica da tecnologia brasileira
Ao longo dos anos, a Liderroll consolidou sua experiência internacional com lançamentos de dutos em túneis de grande extensão, como em São Paulo (5 km), Rio de Janeiro (3,9 km) e obras de referência no exterior. Naquele momento, Paulo Roberto Gomes Fernandes lembrava que a tecnologia brasileira influenciava decisões globais, como o projeto de substituição da Linha 5 da Enbridge em Michigan.
A aplicação da IA nas novas patentes só reforçava a capacidade da empresa de atender demandas de alta complexidade em ambientes confinados, aclives intensos, travessias especiais e estruturas offshore.
Cenário internacional e impactos esperados na engenharia de dutos
Em suas análises, Paulo Roberto Gomes Fernandes apontava que o mercado global já havia absorvido os principais impactos das tensões geopolíticas no Leste Europeu e no Oriente Médio. Para ele, o abastecimento mundial de petróleo permanecia estável, mas mudanças políticas, como a nova direção dos Estados Unidos, poderiam influenciar investimentos no setor energético e relações comerciais com países da América do Sul.
Mesmo assim, defendia que o Brasil tinha condições estruturais para aproveitar um ciclo de novas oportunidades em infraestrutura, especialmente se adotasse metodologias mais modernas e escaláveis.
Perspectivas da Liderroll e expectativas de Paulo Roberto Gomes Fernandes
Ao projetar o ano de 2025, Paulo Roberto Gomes Fernandes avaliava que iniciativas de incentivo à indústria naval e aos estaleiros brasileiros poderiam reaquecer a cadeia produtiva. Ao mesmo tempo, as operações internacionais, especialmente Estados Unidos, Canadá e Europa, ofereceriam novos caminhos de crescimento.
A empresa já acumulava patentes reconhecidas internacionalmente para equipamentos utilizados em terrenos acidentados, túneis, valas, pipe racks e travessias especiais. Com a inteligência artificial integrada, a Liderroll reforçava sua posição de pioneira e ampliava sua competitividade em mercados globais.
Autor: Svetlana Galina

