O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um pronunciamento nesta segunda-feira (5) durante a Marcha da Juventude e dos Estudantes pela Defesa da Paz, onde criticou duramente o WhatsApp. Segundo Maduro, o aplicativo está sendo utilizado para ameaçar a segurança do país. Ele incentivou a população a desinstalar o WhatsApp e a migrar para alternativas como Telegram e WeChat.
Alternativas Sugeridas
Maduro sugeriu que os venezuelanos adotem o Telegram, um aplicativo de mensagens criado na Rússia, e o WeChat, desenvolvido na China. Ele afirmou que está transferindo seus contatos para essas plataformas e que pretende eliminar o WhatsApp de seu telefone permanentemente.
Ameaças à Juventude
Durante o evento, Maduro alegou que o WhatsApp está sendo usado para ameaçar a juventude e líderes políticos e comunitários que não se posicionam a favor do governo. Ele instigou os jovens presentes a rejeitarem o aplicativo, associando seu uso a uma postura contra a paz e a favor do fascismo.
Retirada Voluntária
Maduro defendeu uma retirada “voluntária, progressiva e radical” do WhatsApp dos celulares dos venezuelanos. Ele enfatizou que a escolha é entre a violência e a paz, o fascismo e a pátria, o imperialismo e a Venezuela.
Reação Internacional
A crise política na Venezuela se intensificou após as eleições de 28 de julho, nas quais Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com 51,95% dos votos. A oposição, liderada por Edmundo González, contesta o resultado, alegando que González venceu com 67% dos votos.
Contestação dos Resultados
A comunidade internacional, incluindo países como Estados Unidos, Panamá, Costa Rica, Peru, Argentina e Uruguai, não reconheceu a vitória de Maduro. A Organização dos Estados Americanos (OEA) também questionou a legitimidade das eleições, apontando indícios de manipulação dos resultados pelo governo.
Pressão por Transparência
Brasil, Colômbia e México emitiram uma nota conjunta pedindo a divulgação das atas eleitorais e uma solução institucional para o impasse eleitoral. Eles exigem que a soberania popular seja respeitada e que a apuração seja imparcial.
Resposta da Meta
A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, para obter uma resposta sobre as acusações de Maduro, mas ainda não obteve retorno.