O enfrentamento à violência psicológica contra o idoso exige uma atuação firme e coordenada das instituições públicas e privadas. Segundo Paulo Henrique Silva Maia, Doutor em Saúde Coletiva pela UFMG, o envelhecimento da população brasileira torna ainda mais urgente a adoção de medidas que garantam a proteção da saúde mental e emocional dos idosos, especialmente frente a agressões silenciosas, mas profundamente danosas.
A violência psicológica é uma das formas mais difíceis de identificar e combater, pois não deixa marcas físicas visíveis. No entanto, seus impactos são profundos, podendo gerar depressão, ansiedade, isolamento social e perda da autonomia. Nesse cenário, as instituições desempenham papel essencial na prevenção, acolhimento e punição adequada dos responsáveis por essas práticas.
Entendendo a violência psicológica contra o idoso
A violência psicológica contra o idoso ocorre por meio de atitudes que desvalorizam, humilham, ameaçam ou restringem a liberdade da pessoa idosa. Pode acontecer em lares, instituições de acolhimento e até em serviços de saúde. Frequentemente, os agressores são pessoas próximas, como familiares ou cuidadores, o que torna ainda mais difícil a denúncia.
Conforme Paulo Henrique Silva Maia, esse tipo de violência é frequentemente banalizado ou confundido com conflito familiar. Por isso, a atuação institucional precisa ir além da resposta reativa, investindo em educação, orientação e estrutura de acolhimento que sejam capazes de identificar sinais precoces e oferecer suporte efetivo.
A atuação das instituições públicas na proteção do idoso
O papel das instituições públicas no enfrentamento à violência psicológica contra o idoso começa com a formulação de políticas públicas que priorizem a integridade emocional dos mais velhos. Além da atuação jurídica, os serviços de assistência social devem estar preparados para receber denúncias, acolher vítimas e articular a rede de proteção. A saúde pública também precisa estar envolvida, com profissionais treinados para reconhecer sinais de sofrimento psíquico associados a abusos emocionais. De acordo com Paulo Henrique Silva Maia, integrar essas frentes institucionais é essencial para garantir respostas ágeis e humanizadas, evitando a revitimização e promovendo ambientes seguros e respeitosos para os idosos.

O papel das instituições privadas e da sociedade civil
O enfrentamento à violência psicológica contra o idoso também exige engajamento de instituições privadas e organizações da sociedade civil. Instituições de longa permanência devem manter protocolos rígidos de ética, atendimento humanizado e fiscalização contínua. Empresas e entidades podem contribuir promovendo ações de responsabilidade social, campanhas de conscientização e programas de apoio psicológico. Segundo Paulo Henrique Silva Maia, as iniciativas não governamentais, como ONGs e centros de convivência, também cumprem papel importante ao fortalecer os vínculos comunitários e oferecer espaços de inclusão e escuta ativa para os idosos.
Educação e capacitação para prevenção da violência
A prevenção é o caminho mais eficiente para combater a violência psicológica contra o idoso. Assistentes sociais, psicólogos, médicos, cuidadores e servidores públicos devem ser capacitados para lidar com situações de vulnerabilidade. A criação de campanhas educativas voltadas ao público em geral é outro instrumento de transformação. Ao ampliar o conhecimento da sociedade sobre os direitos da pessoa idosa e os danos causados por ofensas verbais, manipulações e negligência emocional, cria-se uma cultura de respeito e empatia. Conforme Paulo Henrique Silva Maia, o conhecimento sobre o que configura violência psicológica é o primeiro passo para combatê-la.
Fortalecer a rede institucional é essencial para proteger o idoso
Quando serviços sociais, sistemas de saúde, forças de segurança e órgãos jurídicos trabalham em conjunto, a resposta à violência se torna mais eficiente. De acordo com Paulo Henrique Silva Maia, o fortalecimento da rede interinstitucional depende de investimento em infraestrutura, fluxos bem definidos de atendimento e avaliação constante das práticas adotadas. É preciso garantir que o idoso tenha acesso à informação, acolhimento e segurança em todas as etapas do processo.
O papel das instituições
O combate à violência psicológica contra o idoso é uma responsabilidade coletiva, mas que exige o protagonismo das instituições. Ao promover ambientes de respeito, acolhimento e proteção, as instituições garantem não apenas a integridade emocional dos idosos, mas também o exercício pleno de sua cidadania.
Investir em políticas públicas, capacitação profissional e ações comunitárias são caminhos fundamentais para enfrentar essa forma de violência muitas vezes invisível. Conforme reforça Paulo Henrique Silva Maia, proteger o idoso é um compromisso com o presente e com o futuro de uma sociedade mais justa, solidária e humanizada.
Autor: George Sergei