O engenheiro Odair Jose Mannrich, fundador da empresa Versa Engenharia Ambiental, tem sido uma das referências quando o assunto é inovação sustentável aplicada ao saneamento. Em um cenário global em que a busca por fontes limpas e eficientes de energia se intensifica, a transição energética desponta como um tema essencial para o setor. Este artigo apresenta uma análise sobre os desafios enfrentados pelas companhias de saneamento, as soluções tecnológicas disponíveis e as oportunidades que surgem a partir da adoção de modelos energéticos mais sustentáveis.
O que é a transição energética no saneamento?
A transição energética no saneamento refere-se ao processo de substituição de fontes tradicionais de energia, geralmente de origem fóssil, por alternativas renováveis e sustentáveis, como biogás, energia solar, eólica e hidrelétrica de pequena escala. O objetivo é reduzir o impacto ambiental, diminuir custos operacionais e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.
As companhias de saneamento consomem grandes quantidades de energia elétrica, especialmente em sistemas de bombeamento e tratamento de água e esgoto. Por isso, a adoção de práticas sustentáveis é fundamental para alcançar eficiência e equilíbrio econômico. Odair Jose Mannrich destaca que, ao investir em tecnologias limpas, o setor pode se transformar em um protagonista da transição energética, não somente reduzindo seu impacto ambiental.
Quais são os principais desafios da transição energética no saneamento?
A implementação da transição energética no saneamento envolve desafios técnicos, econômicos e institucionais. Um dos principais entraves é o alto custo inicial de implantação de tecnologias renováveis, como painéis solares e sistemas de geração a biogás. Muitas concessionárias ainda enfrentam dificuldades em obter financiamento ou incentivos para iniciar esse tipo de projeto.

Outro desafio importante é a falta de infraestrutura adequada e de políticas públicas que incentivem a produção e o uso de energia renovável dentro das estações de tratamento. Do ponto de vista regulatório, é necessário ajustar as normas e legislações para permitir que as companhias possam vender o excedente de energia gerada, estimulando o desenvolvimento de modelos autossustentáveis. Odair Jose Mannrich ressalta que superar esses desafios exige uma combinação de planejamento estratégico.
Quais são as oportunidades geradas pela transição energética no saneamento?
A transição energética traz uma série de oportunidades que vão muito além da sustentabilidade ambiental. Do ponto de vista econômico, a geração própria de energia permite que as empresas reduzam significativamente seus custos operacionais e aumentem sua competitividade. Em um contexto social, o investimento em energia limpa gera empregos qualificados e fomenta o desenvolvimento de novas cadeias produtivas.
Ambientalmente, a substituição de fontes fósseis por renováveis reduz as emissões de gases de efeito estufa e melhora a eficiência no uso dos recursos naturais. A valorização dos resíduos e do biogás, por exemplo, transforma o que antes era um passivo ambiental em uma fonte de energia renovável e limpa. De acordo com Odair Jose Mannrich, o saneamento tem o potencial de ser um dos pilares da transição energética no Brasil, contribuindo para o cumprimento das metas climáticas.
Qual é o papel da engenharia na construção de um futuro sustentável?
A engenharia tem papel essencial na concepção e implementação das soluções que viabilizam a transição energética no saneamento. É por meio dela que são desenvolvidos os sistemas de captação, geração e armazenamento de energia, além da otimização dos processos de tratamento de água e esgoto.
Por fim, o engenheiro Odair Jose Mannrich, à frente da Versa Engenharia Ambiental, defende uma abordagem integrada que una inovação, sustentabilidade e viabilidade econômica. Ele acredita que o futuro do saneamento passa pela capacidade de gerar sua própria energia e operar de forma circular, onde cada recurso é aproveitado ao máximo.
Autor: Svetlana Galina

